A Conferência das Nações Unidas (COP 30) promete movimentar a capital paraense durante sua realização, prevista para novembro de 2025. Pensando nisso, o Grupo de Estudos de Professores de Línguas do Pará (Geplipa) está ministrando aulas de Língua Inglesa para jovens e adultos, em um projeto de extensão gratuito, com foco na comunicação de possíveis profissionais que trabalharão durante o evento internacional.
Vinculado ao Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE) da Universidade do Estado do Pará (Uepa), o Geplipa quer oportunizar a qualificação de jovens e adultos, moradores dos bairros do Jurunas, Condor e Guamá, através da educação linguística. Por isso, o projeto funciona como um dos elos preconizados pela universidade (ensino, pesquisa e extensão), reunindo conhecimento, prática e inclusão das populações periféricas.
DIAS
Em atividade desde o início do ano, as aulas ocorrem às quartas e sábados, de 9h às 11h, para turmas com 25 alunos. Ministram as aulas os discentes voluntários do grupo de estudos, como forma de estimular as ações de estágio previstas no Geplipa. O intuito é promover uma educação linguística democrática.
“Eu acho que a periferia tem que ser incluída na COP 30. A pessoa que vai vender um churrasquinho ou artesanato também vai lidar com esses estrangeiros. A gente precisa prestar atenção nas pessoas que estão próximas da gente. Um evento dessa proporção precisa também olhar para essas pessoas que querem se qualificar para trabalhar durante a COP. A oportunidade tem que ser para todo mundo e nós fazemos o papel de ponte para isso”, aponta a coordenadora de estágio do curso de Inglês da Uepa, Erika Castro.
OPORTUNIDADE
A concretização da realização da COP 30 no Pará foi o que motivou o professor José Pacheco a aprender inglês. Sem conhecimento nenhum, ele teve o primeiro contato com a língua no projeto do Geplipa após compreender a importância da comunicação através de um idioma estrangeiro. Por isso, ele pretende usar os conhecimentos para ficar atento às pautas abordadas no evento.
“Teremos muitos turistas aqui e a língua mais falada é o inglês. A comunicação é fundamental, então temos que nos familiarizar. Particularmente, eu pretendo utilizar isso para entender o que está sendo abordado. Não pretendo ganhar dinheiro durante a COP, mas se tiver a oportunidade já estou preparado”, disse o educador de 58 anos.
Estudante de publicidade, Ítalo de Castro, 21, compreende a língua inglesa como uma ferramenta que abrirá portas para diversas oportunidades. “Através da experiência com a língua inglesa, eu pude aprender várias coisas, até mesmo outras línguas. Na COP, ela será uma ferramenta para que a gente possa dialogar com representantes de diversas áreas, seja economia ou sustentável. O meu principal objetivo com o inglês é começar minha carreira profissional, vai ser essencial para me comunicar no mercado de trabalho”, afirma.
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