No mundo do futebol, onde contratos e lealdade são frequentemente testados pelo peso das cifras, o técnico Artur Jorge protagoniza mais um capítulo dessa dinâmica. Após o empate do Botafogo com o Cuiabá por 0 a 0, o treinador aproveitou a pausa da Data Fifa para uma movimentação polêmica: viajar no jato particular do xeque Abdullah bin Hamad Al Thani, presidente do Al-Rayyan, para negociar sua possível ida ao clube do Catar.
De acordo com o jornalista Gilmar Ferreira, do Extra, Artur Jorge ignorou seu contrato vigente com o Botafogo, que se estende até dezembro de 2025, para iniciar diálogos que indicam sua saída iminente. Enquanto o Glorioso disputa a reta final do Campeonato Brasileiro e uma aguardada final de Copa Libertadores, o técnico já demonstra sinais de que está de malas prontas.
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A DANÇA DOS BASTIDORES
A publicação revela que Artur Jorge começou sua jornada por Braga, em Portugal, onde visitou sua família, antes de embarcar para Londres a convite do xeque. Na capital inglesa, as conversas sobre o futuro ganharam fôlego, e o treinador retornou ao Brasil no mesmo avião, apenas para cumprir o restante de suas obrigações pelo Botafogo.
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Nos microfones, a postura de Artur Jorge tem sido ambígua. Em uma declaração, reafirma seu compromisso com o Glorioso; na seguinte, se coloca “à disposição do mercado”. Uma retórica que, segundo fontes próximas, reflete a forte atração pelos luxos e projeção que o Oriente Médio oferece.
TEXTOR OBSERVA E REAGE
Por outro lado, o sócio majoritário da SAF do Botafogo, John Textor, já tinha conhecimento das negociações em curso. Embora tenha cogitado uma contraproposta para manter o técnico, Textor optou por testar até onde Artur Jorge estaria disposto a ir.
Na madrugada de sábado (28), em tom que muitos interpretaram como indireta, Textor publicou uma foto ao lado de funcionários do clube e a legenda: “Quem interessa continua!”. A frase reforça a posição do empresário em valorizar aqueles que permanecem alinhados aos objetivos do clube.
UM ADEUS ANUNCIADO?
Enquanto a decisão final ainda não foi oficializada, os sinais de que Artur Jorge está prestes a trocar o Botafogo pelos petrodólares do Al-Rayyan se tornam cada vez mais claros. A torcida, por sua vez, observa com frustração a possibilidade de perder o técnico em um momento decisivo para o clube. Se o movimento se concretizar, ficará a pergunta: até onde a ética e o compromisso têm espaço no futebol, quando o dinheiro e o glamour estão na jogada?
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