Nem só o tempo nublado sobre a Curuzu preocupa o Paysandu. Com três derrotas consecutivas e a incômoda lanterna da Série B, o clube alviceleste enfrenta uma turbulência que ameaça desestabilizar o projeto montado para a temporada.
A derrota por 2 a 0 para a Chapecoense, no Mangueirão, expôs as fragilidades do time e fez crescer a pressão sobre o técnico Luizinho Lopes, que vê sua permanência no cargo em risco.
Apesar do momento delicado, o comandante tenta manter a serenidade e acredita na força mental do elenco para dar a volta por cima. Em entrevista após a partida, Luizinho não escondeu o peso da derrota, mas fez um apelo por equilíbrio emocional.
“No futebol, os cortes acontecem e as cicatrizes se fecham também. Hoje, realmente, tomamos um golpe duro e precisamos cicatrizar isso o mais rápido possível. Se ficarmos no chão, vão nos chutar até não termos mais forças para levantar”, declarou.
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CRÍTICAS E VAIAS DA TORCIDA
As críticas da torcida já ecoam nas arquibancadas e nas redes sociais. Parte dos torcedores deixou o Mangueirão antes do apito final, revoltados com o desempenho do time, e chegou a gritar “olé” para o adversário. Ainda assim, Luizinho chama atenção para a intensidade da competição e os desafios logísticos enfrentados pelo clube.
“Amanhã a gente já acorda muito cedo para pegar um avião. Já jogamos sábado, às quatro da tarde. A sequência é literalmente insana. Estamos tentando encontrar forças para enfrentar essa maratona, com tantas viagens pelo meio do caminho, sem perder tantos pontos”, desabafou.
SÓ AS VITÓRIAS RESOLVEM
O técnico reconhece que somente uma sequência positiva poderá reverter a crise e recolocar o Paysandu nos trilhos. “A Série B é uma maratona. A gente tem, sim, a capacidade de se reinventar. Só vencendo para ganhar confiança”, reforçou.
A chance de reação virá já neste sábado (20), às 16h, quando o Paysandu encara o Operário-PR fora de casa. O confronto, além de ser decisivo na busca pelos primeiros pontos, pode definir o destino de Luizinho Lopes no comando bicolor.
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