O Paysandu faz, este ano, campanha desastrosa na Série B do Brasileiro, que está em sua 11ª rodada. Talvez seja, independente de divisão, o pior começo de participação do time no Nacional.
Em nove jogos que fez até aqui no campeonato, o Papão, sem justificar o apelido, não conseguiu vencer uma mísera partida.
A fraca participação da equipe na chamada Segundona é atribuída, em grande parte, à maratona de jogos disputada pela equipe nesses cinco primeiros meses da temporada, nos quais o grupo esteve envolvido em cinco competições: Supercopa Grão-Pará, Parazão, Copa Verde, Copa do Brasil e a própria Série B. Algumas delas disputadas paralelamente.
Conteúdo Relacionado:
- “É vencer ou vencer”: Rossi aposta na Curuzu para reação do Paysandu
- Paysandu acerta com atacante que só fez 1 gol no profissional
- Paysandu: veja como será o sistema de biometria facial na Curuzu
- Borasi confirma “outras propostas” mas quer ficar no Paysandu
- De saída, Nicolas faz treino isolado do elenco do Paysandu
Em 140 dias, contados a partir do dia 12 de janeiro, quando o time faturou a Supercopa, em jogo único, contra a Tuna Luso, até este domingo, o Paysandu entrou em campo 31 vezes, o que representa uma partida a cada 4,5 dias.
Um tempo relativamente dentro dos padrões do calendário do futebol brasileiro. A alegada maratona de jogos do time no ano, no entanto, não é algo exclusivo do Paysandu.
Tome-se como exemplo o Goiás-GO, que também disputa a Série B, sua terceira competição no ano – antes participou do Goianão e Copa Verde – e acumula, curiosamente, o mesmo número de jogos do Papão em 138 dias, com média de 4,45 dias de um jogo para o outro.
As equipes, Goiás e Paysandu fazem campanhas pra lá de diferentes na Segundona.
Enquanto o Periquito do Planalto fechou a 10ª rodada na liderança do campeonato, com 20 pontos, tendo seis vitórias, dois empates, uma derrota e aproveitamento de 74,1%, o Papão caiu, na mesma virada, para a lanterna da competição, ou seja, a 20ª colocação, com apenas quatro pontos, fruto de quatro empates e cinco derrotas, que lhe dão rendimento de 14,8%. Pegando um outro exemplo, também dentro da Série B, o Vila Nova-GO, envolvido em sua quarta competição e na 4ª colocação no campeonato, disputou até o fechamento da 10ª rodada da Segundona, um total de 33 jogos no ano.
Remo e Coritiba-PR, que também integravam o G4 da Série B até o início da 11ª rodada, na 2ª e 3ª colocações, com 17 e 16 pontos, fazem neste final de semana o 25º e o 24º jogos na temporada, respectivamente.
Fora da Segundona, a maratona de partidas, alegada pelos bicolores, também é encarada pela dupla Bahia-BA e Vitória-BA, que disputam a Série A, 5ª competição de ambos no ano, somam 40 e 38 jogos disputados, ocupando, antes do início da 11ª rodada do Brasileirão, a 7ª e 17ª colocações no Nacional, com 15 e nove pontos, respectivamente.
Os números mostrados aqui apontam que o problema do Papão não se restringe à quantidade de jogos, mas a outras questões.