O cinema sempre teve o poder de resgatar momentos marcantes da história, trazendo à tona acontecimentos que, muitas vezes, são esquecidos ou distorcidos ao longo do tempo. No entanto, existem histórias que se destacam pela intensidade e complexidade de seus contextos, revelando não apenas o drama de um povo, mas também as cicatrizes de uma época.
Depois de revisitar os traumas da ditadura brasileira em Ainda Estou Aqui, o novo projeto de Walter Salles, que adapta o livro El Secuestro de los Born, da jornalista María O’Donnell, se insere nesse cenário de reinterpretação e reflexão, ao abordar um dos sequestros mais impactantes da América Latina, ocorrido na Argentina durante outro regime militar na década de 1970.
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A obra que servirá de base para o roteiro detalha o sequestro dos irmãos Jorge e Juan Born, herdeiros da multinacional do agronegócio Bunge y Born. O crime ocorreu em setembro de 1974 e ficou conhecido mundialmente como o “sequestro mais caro da história”, já que os responsáveis exigiram e receberam um resgate de 60 milhões de dólares. A história envolve não apenas o impacto financeiro, mas também o contexto político da Argentina na época, marcada pela instabilidade e pelo avanço de grupos armados.
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PROJETO NOS ESTADOS UNIDOS?
Em entrevista ao jornal El País, do Uruguai, Walter Salles confirmou que está atualmente trabalhando na adaptação do livro para o cinema. No entanto, o diretor negou qualquer envolvimento com um possível filme baseado no livro The Man in the Rockefeller Suit, que narra a trajetória de um golpista famoso nos Estados Unidos na década de 1990.
Nos bastidores do cinema internacional, o projeto já desperta interesse. De acordo com informações de plataformas especializadas, como o IMDB, o ator britânico Benedict Cumberbatch estaria cotado para o papel principal, enquanto Walter Salles assumiria a direção.