Entre letras que retratam a realidade das favelas e acusações de apologia ao crime, muitos músicos acabam se tornando alvos de investigações, operações policiais e, consequentemente, manchetes polêmicas. Nesta quarta-feira (29), mais um capítulo desse enredo se desenrolou após MC Poze do Rodo ser preso na madrugada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, acusado de envolvimento com o Comando Vermelho (CV) e apologia ao crime.
A cena do funkeiro algemado, divulgada amplamente nas redes sociais, provocou indignação entre fãs e colegas de profissão. O rapper Oruam, de 24 anos, foi um dos primeiros a se manifestar publicamente, usando seu perfil para defender Poze e criticar duramente a ação policial. “Te amo, pai. Maior covardia. Olha o que eles fazem com ele. Vai tomar no c. O Estado gosta de envergonhar nós”, escreveu, revoltado.
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Oruam também questionou a necessidade da abordagem, argumentando que MC Poze é um exemplo para muitos jovens e que as acusações não se sustentam. “Algemaram o Poze, nem precisa disso. O cara é exemplo para várias pessoas. Todo mundo sabe que isso aí é uma mentira. Ele é cantor. Ele canta em baile de favela. Ele não é envolvido com facção nenhuma, com todo respeito. Maior covardia mesmo”, desabafou em vídeo.
A repercussão do caso foi tanta que a mãe de Oruam, Márcia Gama, enviou uma mensagem ao filho, expressando medo com o que poderia acontecer com ele diante do atual contexto. “Meu filho, estou muito triste. Por favor, esses caras estão querendo fazer isso com você. Não dá brecha. Evita”, dizia o print compartilhado pelo rapper.
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MC Poze foi detido no bairro do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio de Janeiro, e está sendo investigado por apologia ao crime e suposta ligação com o Comando Vermelho. Até o momento, a defesa do artista não se pronunciou oficialmente sobre a prisão.
