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segunda-feira, julho 8, 2024
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Uma viagem poética entre idades e cidades

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“Não sei se é da idade ou da cidade”, a mais recente obra da escritora Élida Lima, é um livro de poesia que oferece uma profunda cartografia da subjetividade de sua autora. Ao longo de muitos poemas, Élida nos convida a uma jornada íntima e reflexiva que se desenrola entre os 14 anos que viveu em São Paulo e suas raízes em Belém do Pará.

Dividido em cinco capítulos, o livro explora temas que marcaram a vida da autora de 2008 a 2022, período em que a crise dos 40 anos e as questões de identidade e pertencimento foram predominantes. Os capítulos são:

Poemas de Amor e Ódio: estes poemas abordam os altos e baixos dos relacionamentos da autora, incluindo dois casamentos e duas separações. A intensidade das emoções é palpável, como em “Paixão”, onde a autora sintetiza o amor como algo que “entorta a gente”.



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Poemas de Estranhamento com a Cidade: aqui, Élida expõe seu constante desconforto com São Paulo, uma cidade que nunca conseguiu chamar de lar. Poemas como “Palavra Feia” capturam a ambivalência de viver em um lugar que, apesar de feio, exerce uma fascinação sobre a autora.

Poemas de Núcleo de Subjetividade: neste capítulo, a autora se aprofunda em sua formação acadêmica e pessoal, refletindo sobre sua pós-graduação e a maneira como sua subjetividade foi moldada por essas experiências. Em “Fissuras Nucleares”, ela revela a complexidade de interpretar signos e emoções.

Poemas de Críticas que Recebi: Lima enfrenta as críticas recebidas durante sua jornada acadêmica e pessoal, com uma mistura de vulnerabilidade e resiliência. Em “Crítica VIII”, por exemplo, ela descreve a humilhação de ter seu texto lido em voz alta para o riso dos outros.

Poemas de Loucura e Magia: enfrentando depressões e encontrando seu caminho como taróloga, a autora explora temas de espiritualidade e cura. “O Sábio” é um destaque, celebrando a alfabetização em magia sobre as formas tradicionais de conhecimento.



A linguagem da poetisa é direta e envolvente, com uma simplicidade que permite que a profundidade emocional de seus versos brilhe. Marcelino Freire, na orelha do livro, destaca a capacidade de Lima de “vestir as esquinas com suas palavras” e “encher as encruzilhadas de araras, carcarás, carapanãs”, trazendo a rica tapeçaria de sua origem amazônica para o caos urbano de São Paulo.

“Não sei se é da idade ou da cidade” é mais do que um livro de poesia; é uma reflexão sobre o impacto do ambiente urbano na formação da identidade pessoal. Lima questiona repetidamente se seu estranhamento é resultado da idade ou da cidade, levando o leitor a considerar como os espaços que habitamos moldam quem somos.

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Este livro é um ato de alquimia literária, transformando experiências pessoais em versos universais que ressoam com qualquer leitor que já se sentiu deslocado ou em crise. Com habilidade única para capturar a essência das emoções humanas em suas palavras, tornando uma leitura indispensável para amantes da poesia.

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