A cantora Lexa anunciou nesta segunda-feira (10) a morte de sua filha Sofia três dias após o nascimento. A cantora apresentou um quadro de pré-eclâmpsia com síndrome de Hellp, o que a fez ficar internada desde janeiro e a ter um parto prematuro.
A pré-eclâmpsia acontece quando há uma má formação na placenta, dificultando a circulação de sangue e prejudicando a chegada de nutrientes e oxigênio ao feto. O organismo então aumenta a pressão sanguínea da gestante para manter o ciclo de sangue na placenta, podendo causar hipertensão.
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A condição pode causar várias complicações. Uma delas é a síndrome de Hellp, que provoca hemólise (fragmentação das células vermelhas do sangue na circulação), elevação de enzimas hepáticas e queda de plaquetas. Isso pode levar a um quadro de coagulação geral, sinalizando que alguns órgãos, como rins e fígado, podem estar entrando em falência. O risco de complicações graves para mãe e bebê aumenta.
A principal complicação para o bebê é o nascimento prematuro.
Nos casos em que falta oxigenação no desenvolvimento da placenta, o crescimento do bebê pode ser comprometido, bem como o ganho de peso e o desenvolvimento de órgãos principais, o que pode fazer com que a criança não resista fora do útero.
A causa exata da pré-eclâmpsia não é conhecida. No entanto, os principais fatores de risco reconhecidos pelo Ministério da Saúde estão relacionados a pressão alta crônica, diabetes, lúpus, obesidade e histórico genético das doenças citadas. Outros aspectos incluem a primeira gestação da mulher e a gravidez antes dos 18 ou depois dos 40 anos.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO
Para evitar a pré-eclâmpsia e sua evolução para um quadro grave é preciso estar atento aos sintomas como inchaço, dor de cabeça severa, alterações visuais (como o surgimento de pontos brilhantes e visão turva) e dores abdominais, especialmente na região do estômago.
É importante buscar um diagnóstico rápido para receber o tratamento adequado e evitar complicações para a mãe e o bebê.
Mulheres com pressão alta devem procurar acompanhamento ainda antes de engravidar. A pressão alta pode passar despercebida durante a gravidez, por isso o acompanhamento pré-natal é essencial.
Nos casos mais leves, uma mudança no estilo de vida pode ser suficiente para o tratamento. Isso inclui uma alimentação mais saudável, controle do peso e atividade física regular.
Quando o quadro é grave, é necessário tratamento hospitalar com controle da pressão por meio de medicamentos, para mantê-la abaixo de 14 por 9.