A jararaca é uma das cobras mais perigosas do Brasil. Venenosa e ágil, ela é responsável por grande parte dos acidentes com serpentes no país, segundo o Instituto Butantan. Seu veneno pode causar dor intensa, inchaço, necrose, sangramento e, nos casos mais graves, levar à insuficiência renal. E foi justamente essa espécie que surpreendeu o ator Guilherme Fontes, dentro da própria casa, no alto do bairro da Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro.
“Fui picado por uma jararaca. Doeu tanto que nem sei explicar”, contou o artista nas redes sociais, na última segunda-feira (17). Segundo ele, o acidente aconteceu de forma repentina e assustou quem estava por perto. “Como sou resiliente em demasia, passei mais tempo no instante após ser picado acalmando quem estava à minha volta”, relatou.
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Mesmo sentindo dor e com o dedo já inchado, Guilherme correu para buscar atendimento médico. Em seu relato, ele fez questão de deixar um alerta aos fãs, desmistificando práticas comuns, e perigosas, em casos de picadas de cobra.
“O que fazer nessa hora? Apertar o local ou amarrar uma tala igual nos filmes? Não! Deixe fluir o sangue e corra para o hospital. E leve a cobra! Morta ou viva, você tem que levar a cobra para saberem como tratar”, explicou o ator.
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Ele publicou uma foto do dedo indicador, com duas bolhas aparentes, e tranquilizou os seguidores ao dizer que está medicado e em recuperação. “Se demorar mais de 72 horas, o quadro pode se agravar para dor sistêmica e infecção. São poucos os centros que tratam disso. Somente os hospitais públicos atendem esse tipo de problema. Estou bem. Medicado e com a mão pra cima”, completou.
O que fazer em caso de picada de jararaca:
De acordo com o Instituto Butantan, acidentes com jararacas são comuns, mas podem ser controlados com atendimento rápido e correto. Veja o passo a passo:
- Mantenha a calma: isso ajuda a evitar a propagação rápida do veneno.
- Lave o local com água e sabão, mas não esfregue com força.
- Eleve o membro afetado: isso ajuda a reduzir o inchaço.
- Retire acessórios como anéis, pulseiras ou relógios que possam apertar a área.
- Procure atendimento médico imediatamente: vá à UPA ou hospital mais próximo.
- Não faça torniquetes: pode piorar a circulação e agravar o quadro.
- Não corte ou chupe o local da picada: pode causar infecção.
- Não tente capturar a cobra: a segurança vem em primeiro lugar. Se possível, tire uma foto.
- Anote o horário da picada e os sintomas: essas informações ajudam no atendimento.
- Leve a cobra (se possível): isso facilita a identificação e o uso correto do soro.
Mitos perigosos
Um dos mitos mais perigosos é o de que beber álcool ajuda a neutralizar o veneno. Segundo a médica Roberta Piorelli, do Hospital Vital Brazil (Butantan), o álcool não tem nenhum efeito positivo e pode até agravar o estado da vítima. Há quem acredite, inclusive, que colocar a cabeça da cobra num copo de bebida pode ajudar, o que é totalmente falso e arriscado.
Onde buscar ajuda em Belém:
Se você mora em Belém ou região metropolitana, estes são alguns dos locais com atendimento para casos de acidente com animais peçonhentos:
- Hospital de Pronto Socorro Municipal: Travessa 14 de Março, 500 – Umarizal
- UPA Terra Firme: Ao lado do terminal de ônibus da UFPA
- UPA Sacramenta
- Hospital Geral de Mosqueiro (HGM)
- Centro de Informações Toxicológicas (CIT): 0800-283-9904
Apesar do susto, Guilherme Fontes está bem e usou sua experiência para conscientizar o público.