Belém celebra neste fim de semana a primeira edição de um dos maiores festivais de celebração da cultura paraense. “Os Sons Que Vêm do Pará” promete uma celebração da rica cultura musical e de dança do estado, em seus diversos ritmos.
A programação com shows e disputa de dança ocorre nos dias 23 e 24 na Aldeia Amazônica, com entrada gratuita mediante doação de 1kg de alimento não perecível.
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O festival surgiu a partir da parceria entre o músico Rhenan Sanches e o bailarino Rolon Ho, após um convite de celebrar a padroeira da Amazônia, Nossa Senhora de Nazaré, no Círio de 2024.
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“Após homenagear Nossa Senhora, eu pensei em fazer um festival para que o povo do Pará pudesse curtir a própria cultura, com os artistas da terra, na dança e da música”, conta Rhenan, idealizador do projeto, que garante que a festa é para toda a família.
A programação diversa busca justamente para celebrar a riqueza musical do estado nos dois dias de shows. Renan também conta que a estrutura do festival foi pensada para receber a todos, com segurança e conforto, assim o público terá apenas uma preocupação: se divertir.
Confira a programação completa
Sexta-feira, 23 de maio – Primeira noite
A primeira noite será marcada pelo concurso de dança paraense, que destaca três modalidades tradicionais do Pará: carimbó, brega e merengue paraense. Casais competem sob avaliação de júri especializado, em oportunidade única de mostrar a diversidade da dança regional.
Já os shows do dia serão:
- Xeiro Verde;
- Suanny Batidão;
- DJ Assayag.
Sábado, 24 de maio – Noite de encerramento
O segundo dia promete reunir diferentes gerações de artistas paraenses. Além dos shows, acontece a gravação do audiovisual oficial do festival e da final do concurso de dança.
No dia 24, Rhenan Sanches recebe no palco do festival nomes como:
- Edilson Moreno;
- Nelsinho Rodrigues;
- Karol Diva;
- Bruno e Trio;
- Big Show;
- Taty Araújo.
A noite ainda terá shows do grupo Vingadores do Brega e do DJ Cayan Ribeiro.
Concurso de Dança tem destaque
É quase impossível pensar a música paraense sem lembrar da dança, como conta o embaixador do evento Rolon Ho. Segundo ele, o crescimento da visibilidade de ritmos como o brega em palcos do Brasil é a prova disso
“Ainda existe uma elite que diz não gostar de brega, diz não ouvir, não dançar, mas hoje nós já estamos nos principais palcos do mundo. Como eu costumo dizer ‘o brega venceu’ porque vemos o ritmo sempre na rotina dos paraenses”, conta o dançarino.
Ele também conta que esse crescimento hoje para o Brasil é visto por conta da nossa cultura se refletir nos palcos e criar essa identificação com o público que vive o brega, seja nas gírias, no jeito de dançar e também de produzir batidas musicais.
Para celebrar a cultura da dança, o concurso no festival representa um dos grandes diferenciais do evento e ocorre nos dois dias. Rolon Ho afirma que a competição visa mostrar a dança paraense em sua diversidade e abrir espaço para novos talentos.
“Grupos de carimbó geralmente não estavam presentes em festivais e trouxemos para dentro do nosso evento”, destaca Rolon, que ressalta a importância de incluir manifestações culturais que muitas vezes ficam à margem dos grandes eventos musicais.
Encontro de gerações
A programação foi cuidadosamente pensada para unir diferentes momentos da música paraense. Nomes consagrados como Edilson Moreno dividem o palco com artistas da nova geração como Suanny Batidão, em diálogo musical que atravessa décadas.
O festival movimenta também a economia local com mais de 150 profissionais envolvidos na produção. Cerca de 80% da equipe é formada por profissionais da região, segundo a diretora executiva Tayana dos Santos.
“Além de formação e visibilidade, o festival também gera economia para artistas e técnicos locais”, reforça a organizadora.
Serviço
Festival Os Sons que vêm do Pará
- 🎵 Local: Aldeia Amazônica (Av. Pedro Miranda, S/N – Pedreira);
- 📅 Data: 23 e 24;
- 🕐 Horário: 17h (ambos os dias);
- 🎫 Entrada: Gratuita com doação de 1kg de alimento não perecível;
- 🅿️ Estacionamento disponível no local;