Com a ascensão da era digital, muitas pessoas se tornaram influenciadores digitais após ganharem fama com a internet. No entanto, algumas não se limitaram ao mundo virtual e foram parar nas telinhas, atuando em novelas ou participando de reality shows.
Mas, a participação desses influenciadores em novelas não agrada a todos. Para o ator global Hugo Gross, que também é presidente do Sated RJ (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro), a participação de influenciadores digitais são ruins, e citou as experiências de Rafa Kalimann e Jade Picon como exemplos de “fracassos”.
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Em entrevista ao podcast “Papagaio falante”, o ator disse que apesar de emissoras pensarem que o número de seguidores pode influenciar na audiência, não é sempre que isso ocorre.
“Não dá (audiência). Você vê essa menina, a Rafa Kalimann, a novela [‘Família é Tudo’] foi um fracasso, a própria Jade Picon, que esteve no sindicato, é uma pessoa muito bacana, mas não deu retorno para a novela [‘Travessia’] da Glória Perez”, declarou.
Gross também criticou o valor pago para os influenciadores atuarem nas novelas. “Entra um influencer ganhando quase R$ 100 mil, enquanto um (ator) que se dedicou para caramba, deu ibope na Globo, vários milhões (para a emissora) está esquecido. Então você vê vários atores, colegas nossos, com depressão, entristecidos”, disse.
Além disso, o ator falou que como presidente do Sated trabalha para garantir que pessoas sem registro profissional e que não estudaram atuação não tenham espaço na televisão. “O papel do sindicato é defender o trabalhador da arte, defender você que estudou, que se dedicou e quer um lugar ao sol. Então não acho justo pegar uma pessoa que tem seis milhões de seguidores e colocar no lugar de quem estudou, ralou, esperou várias vezes”, contou.
