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sexta-feira, novembro 22, 2024
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Pará e governo federal se unem para beneficiar indígenas atingidos pela crise climática

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O Governo do estado, por meio da Secretaria de Estado dos Povos Indígenas (Sepi), reuniu esta semana com técnicos da Defesa Civil Nacional, do Grupo de Apoio a Desastres (Gade), para articular ações humanitárias voltadas para povos originários atingidos pela estiagem e a seca em regiões afetadas do Pará.

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, autorizou o repasse de R$ 6,1 milhões para ações de resposta e recuperação em localidades atingidas por desastres. O governo federal, em conjunto com o governo do Pará, deve beneficiar, em média, cerca de 320 aldeias, com mais de 5.800 famílias, além de 17 mil cestas básicas devem ser entregues aos indígenas afetados pela seca. Em seguida, o plano é a perfuração de poços para fortalecer o abastecimento de água potável.

Durante reunião na sede da Sepi, os técnicos do Gade receberam as demandas e iniciaram o planejamento das ações humanitárias, para amenizar os danos causados pelas mudanças climáticas em territórios indígenas do estado.

“A gente pode almejar os recursos para ser aprovado o mais rápido possível e realizar essas ações. O levantamento feito pela Sepi, em relação aos povos mais atingidos, é importante para que a gente possa direcionar com maior eficácia as doações. Alinhando desta forma a gente consegue dar procedimento para atendê-los”, frisou o técnico Paulo Américo, do Gade.

Em Nova Iorque, durante o Climate Week, o governador Helder Barbalho solicitou à Sepi um documento sobre as demandas dos territórios indígenas afetados pelas queimadas, estiagem e seca nas regiões.

“Esse documento foi um pedido do próprio governador. Após essa entrega, chegaram outras demandas específicas que foram sistematizadas, como as solicitações de cestas básicas, água para essas regiões atingidas. Chega em um ótimo momento essa união de forças para conter os danos causados pelas queimadas, muitas delas criminosas, assim como a seca e estiagem”, disse Silvânia Mello, chefe de gabinete da Sepi.

Algumas dessas regiões são de difícil acesso e uma das dificuldades para dar agilidade e efetuar as ações humanitárias foram alguns dos pontos discutidos durante deliberação entre a Sepi e a Defesa Civil Nacional.

“Estamos identificando as maiores necessidades dessas famílias e verificando as possibilidades de acesso a essas aldeias em regiões afastadas. Vamos identificar as questões de transporte aéreo, fluvial e por meio terrestre, e repassar à Defesa Civil. No momento, nossas maiores prioridades são as cestas básicas e água, mas ainda vamos atender posteriormente as outras necessidades, como a perfuração de poços”, enfatizou Fábio Oliveira, diretor de Gestão de Política aos Povos Indígenas (DGPI) da Sepi.

As ações em conjunto entre governo federal e estadual buscam atender s necessidades mais emergenciais e estabelecer um plano contínuo para reduzir os danos causados às populações, e devem promover também medidas de contingência a problemas climáticos no futuro.

“Nada mais justo de que houvesse essa comunicação entre o governo federal, estadual, para unificar as ações em busca desses recursos para que as doações humanitárias cheguem o mais rápido possível para essa população”, finalizou o técnico da Defesa Civil Nacional.

Com informações da Agência Pará

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