Dona Maria José Antunes de Souza vive há 30 anos no entorno do canal da Timbó. Foram três décadas acumulando prejuízos: em toda estação chuvosa, a água invadia sua casa e destruia tudo aquilo que ela havia conquistado com seu trabalho. Mas hoje isso mudou, já que desde o dia 6 de janeiro a aposentada pode se orgulhar de morar em uma rua diferente, com coleta de esgoto, fornecimento de água, drenagem e asfalto: foi nesta data que o Governo do Pará entregou a obra do canal da Timbó, que mudou a vida da aposentada.
“Você não conseguia imaginar o quanto nós, moradores da área, sofremos. Era alagamento, muitas perdas, pessoas doentes. Eu perdi geladeira, fogão… e essas coisas aconteciam todo inverno amazônico. Hoje não sentimos mais isso, temos orgulho de viver como estamos vivendo agora”, celebra.
As obras no canal da Timbó fazem parte das ações do Governo do Pará em preparação para a COP 30, que envolvem uma série de obras de saneamento em mais de 13 canais das bacias do Tucunduba, Murucutu, Una e Tamandaré na grande Belém, beneficiando mais de 500 mil pessoas com drenagem pluvial, esgotamento sanitário, paisagismo, quadras de esporte, praças, playground e academia ao ar livre. O trabalho é executado com recursos do BNDES, que desde terça-feira está com uma equipe acompanhando o resultado da parceria entre o banco e o Governo do Pará para melhorar a vida da população.
“Este projeto de saneamento da bacia do Tucunduba talvez seja um dos mais importantes projetos que o BNDES está patrocinando, porque ele é um projeto que beneficia milhares de pessoas em Belém. São pessoas que vivem em situações frágeis do ponto de vista sanitário, com uma história longa de conviver com alagamentos. Então o projeto do Tucunduba, por ser um oriento desta magnitude e importância, é algo que o BNDES tem muito carinho”, disse Márcio Meira, antropólogo e assessora da presidência do BNDES.
Ao longo desta quarta-feira (29), os engenheiros, gestores e assessores do BNDES visitaram obras de saneamento financiadas pelo banco nos canais da Timbó, Cipriano Santos, Gentil, Caraparu, Martír e Murucutu – ações que fazem parte das cerca de 30 obras estruturantes na Região Metropolitana de Belém em preparação para a COP 30.
O orçamento do estado para estas obras é de R$ 4 bilhões, e parte deste montante foi obtida junto ao BNDES – o restante é proveniente do Tesouro do Estado e de acordo firmado com a Itaipu Binacional.
Investimento que muda vidas
Até a COP 30, serão implantados 59,5 quilômetros de rede de esgotamento sanitário e mais de 10 mil unidades de ramais domiciliares nas obras dos canais que compõem as bacias do Tucunduba, Murucutu, Una e Tamandaré.
De acordo com o engenheiro da Secretaria de Obras Públicas (SEOP) Dionísio Couto, as ações feitas pelo governo do estado com recursos do BNDES nos canais de Belém, além de preparar a capital para a COP, transformam a vida da população.
“Se você viesse nessas áreas na mesma época do ano passado, ia ver que tudo isso aqui ia para o fundo. Hoje, conseguimos resolver essa parte do alagamento, está dando condições de esgoto, fornecimento de água e também permite o acesso de ambulâncias, viaturas que antes não conseguiam chegar aqui. Isso transforma significativamente a vida das pessoas”, afirma.
Desde o final de 2024, o governo do Pará já entregou quatro obras da COP na região metropolitana de Belém: um viaduto localizado na rodovia BR-316, obras de saneamento nos canais da Timbó e Gentil e o asfaltamento de vias em Outeiro.
Fonte: Agência Pará
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