IDEFLOR BIO – O Parque Estadual Charapucu, situado em Afuá, no Arquipélago do Marajó, foi o destino de uma visita técnica estratégica realizada pelo presidente do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio), Nilson Pinto, pelo superintendente geral da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Virgílio Viana, e pelo diretor sênior da Andes Amazon Fund (AFF), Enrique Ortiz. O objetivo da incursão foi avaliar potenciais investimentos na Unidade de Conservação (UC), com foco na promoção do ecoturismo e no fortalecimento da proteção ambiental.
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A expedição começou no Terminal Hidroviário de Afuá, por volta das 10h de terça-feira (18), e seguiu em direção ao Parque Estadual Charapucu. Ao longo do percurso, os participantes puderam conhecer a biodiversidade da região, suas paisagens naturais e as comunidades ribeirinhas que vivem no entorno da UC. Além da área protegida, a visita também incluiu paradas estratégicas em assentamentos agroextrativistas do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), para compreender a dinâmica socioeconômica local e as possibilidades de desenvolvimento sustentável na região.
“Criado pelo Governo do Estado, por meio do Ideflor-Bio, este parque oferece uma visão única da Foz do Rio Amazonas, um local onde a grandeza da floresta e das águas se encontram. A região é extremamente rica em biodiversidade e abriga comunidades ribeirinhas acolhedoras, que têm muito a contribuir para a valorização do ecoturismo. Viemos com nossos parceiros da FAS e da AFF, para pensar em estratégias de fortalecimento do Parque, para que ele receba mais visitantes e seja divulgado para o mundo. Além disso, Afuá é um destino que vale a pena conhecer, com sua estrutura singular de palafitas, onde o trânsito é feito a pé ou de bicicleta. Um verdadeiro paraíso amazônico”, destacou o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto.
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Importância – O Parque Estadual Charapucu foi criado para garantir a proteção de ecossistemas fundamentais para a regulação climática e a manutenção dos ciclos hidrológicos da Foz do Rio Amazonas. A UC abriga extensas áreas de florestas alagadas, campos naturais e rica fauna, incluindo espécies ameaçadas de extinção. Além disso, tem um papel fundamental na vida das populações locais, que desenvolvem atividades sustentáveis, como pesca, manejo de recursos naturais e turismo de base comunitária.
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Durante a visita, os representantes das instituições ambientais também percorreram o rio Preto, um dos principais cursos d’água dentro do Parque. “A incursão saiu do Terminal Hidroviário de Afuá e percorreu o Parque Estadual Charapucu, proporcionando aos visitantes um contato direto com a biodiversidade do local. Além da área interna do Parque, exploramos os arredores, que incluem um assentamento agroextrativista do Incra, para avaliar a relação entre as comunidades e a UC. O trajeto teve algumas pausas estratégicas, incluindo a navegação pelo rio Preto, e o retorno a Afuá ocorreu por volta das 18h”, relatou o gerente da Região Administrativa do Marajó, Hugo Dias.
Potencialidades – O ecoturismo surge como uma alternativa viável para fortalecer a conservação ambiental e gerar benefícios socioeconômicos para as comunidades locais. A parceria entre o Ideflor-Bio, a FAS e a AFF, pode viabilizar melhorias na infraestrutura do parque, a capacitação de guias comunitários e a criação de novos roteiros turísticos, atraindo visitantes interessados na riqueza natural e cultural do Marajó.
A cidade de Afuá, que abriga o Parque Estadual Charapucu, também é um atrativo à parte. Conhecida como a “Veneza Marajoara”, o município se destaca por sua arquitetura sobre palafitas e pelo fato de não permitir a circulação de veículos motorizados, garantindo um estilo de vida único e sustentável. A proposta é que o município se torne uma referência em turismo ecológico e vivências amazônicas autênticas.
Nos próximos meses, as entidades devem aprofundar os estudos sobre investimentos no Parque Estadual Charapucu, buscando ampliar sua visibilidade e consolidá-lo como um dos principais destinos de ecoturismo do Pará.
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