Brenda Hayashi com informações da Rede Pará – Em meio às águas tranquilas da Ilha do Combu, a natureza exuberante se mistura ao ritmo de uma comunidade que vive em harmonia com o rio, mas que também enfrenta desafios diários. É nesse cenário, onde cultura e tradição se encontram com a necessidade de inovação, que um novo projeto surge para transformar vidas e fortalecer o futuro de crianças e jovens ribeirinhos.
Na última sexta-feira, 28 de março de 2025, a Escola Municipal Milton Monte foi palco do lançamento do Projeto “Crescer e Transformar”, uma iniciativa do Instituto Ambient (IA), com patrocínio da Equatorial Energia e incentivo fiscal do Fundo da Infância e Adolescência de Belém (COMDAC). O projeto visa impactar diretamente 450 crianças, adolescentes, jovens e suas famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social, oferecendo oportunidades de aprendizado, cultura, cidadania e sustentabilidade.
Um projeto para o futuro
Com um olhar voltado para o desenvolvimento sustentável, o “Crescer e Transformar” traz um conjunto de ações que vão além da sala de aula. Oficinas de sustentabilidade, informática, música, arte, dança e esportes foram desenhadas para fortalecer a comunidade e oferecer novas perspectivas aos participantes. Além disso, o projeto tem um compromisso especial com a formação cidadã, preparando os jovens para a COP30, evento climático global que será realizado em Belém.
Durante o lançamento, os presentes puderam acompanhar a palestra “Sustentabilidade na Vida Ribeirinha: Tradição e Inovação”, ministrada pela engenheira florestal Thainá Monteiro, que destacou como o conhecimento tradicional pode caminhar lado a lado com soluções inovadoras para um futuro mais sustentável. A analista de sustentabilidade da Equatorial Energia, Michelle Miranda, reforçou a importância do investimento social para transformar realidades e construir um impacto positivo duradouro.
Sustentabilidade na Prática
Um dos momentos mais marcantes do evento foi a entrega de 90 baldes a famílias ribeirinhas, que servirão para abastecer um biodigestor com resíduos orgânicos. O equipamento gera biofertilizante, que será utilizado nas hortas comunitárias, promovendo um ciclo sustentável que beneficia diretamente a comunidade.
O presidente do Instituto Ambient, Murilo Monteiro, ressaltou a escolha da Ilha do Combu como ponto de partida para o projeto, destacando a região como um símbolo de resistência, cultura e preservação da Amazônia. A iniciativa também se conecta ao programa “Escolas Sustentáveis – COP30”, desenvolvido pela Binacional Itaipu, UFPA e Prefeitura de Belém, que busca implementar biodigestores em escolas públicas para a produção de energia limpa e o fortalecimento da educação ambiental.
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