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segunda-feira, fevereiro 10, 2025
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COP30: Brasil propõe inclusão de raça e gênero como critérios para Investimentos Sustentáveis

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A COP 30 será sediada em Belém do Pará em 2025

O Brasil pretende apresentar uma proposta inovadora na próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em novembro, em Belém. O governo brasileiro quer que a diversidade de raça e gênero seja considerada um critério internacional para a classificação de investimentos sustentáveis, uma iniciativa que visa harmonizar padrões globais e promover maior equidade social.

A subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Ministério da Fazenda, Cristina Reis, afirmou em entrevista à Reuters que a estratégia ecológica do Brasil permanece inalterada, mesmo diante de cenários políticos adversos, como o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. “Esse alinhamento internacional sofre derrotas locais, mas tem um direcionamento comum, porque enfrentamos um problema objetivo que compromete a vida: a mudança climática”, destacou.

Consulta Pública e Prioridades Nacionais

Em preparação para a COP30, o governo brasileiro está conduzindo uma consulta pública até março para desenvolver sua taxonomia nacional. O objetivo é criar um sistema que classifique setores, projetos e ativos sustentáveis, mobilizando investimentos de forma mais eficiente. A implementação está prevista para o segundo semestre de 2025, sendo considerada uma prioridade econômica do atual governo.

De acordo com Reis, “vamos incluir a igualdade racial e de gênero como critérios para definir uma empresa de investimento sustentável”. A proposta prevê que instituições financeiras avaliem a representatividade desses grupos na governança corporativa, hierarquia interna e rede de fornecedores das empresas que buscam crédito para projetos sustentáveis. Avaliações positivas poderão resultar em melhores condições de financiamento, como juros mais baixos e garantias facilitadas.

Rumo a uma Supertaxonomia Global

O Brasil planeja sugerir que esse modelo seja adotado internacionalmente como parte de uma “supertaxonomia” global para investimentos sustentáveis. A intenção é fortalecer o papel do país como um destino estratégico para investimentos verdes, alinhado com iniciativas como o lançamento do mercado de carbono e a emissão de títulos soberanos sustentáveis no mercado internacional.

Desafios Políticos Internacionais

Apesar dos avanços, o contexto político internacional pode representar desafios. O retorno de Trump à Casa Branca, por exemplo, pode impactar negativamente as negociações climáticas globais. O ex-presidente já retirou os EUA do Acordo de Paris e revogou políticas de diversidade e inclusão, o que pode enfraquecer o compromisso internacional com a agenda climática.

Cristina Reis afirmou que o governo brasileiro está atento às mudanças nos Estados Unidos, mas ponderou que ainda é cedo para avaliar o impacto total das novas diretrizes de Trump. “É preciso aguardar para medir seus efeitos efetivos”, disse.

Fomento a Investimentos Verdes

O Brasil também está investindo em plataformas para atrair capitais estrangeiros voltados à transformação ecológica. Em 2024, foi lançada uma iniciativa para acelerar a triagem de projetos estratégicos, com parcerias envolvendo o Ministério da Fazenda, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável.

Essas medidas reforçam o compromisso do Brasil com uma agenda de desenvolvimento sustentável que integra a proteção ambiental e a promoção da equidade social, consolidando o país como protagonista nas discussões climáticas globais.

Com informações de InfoMoney

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