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quarta-feira, novembro 27, 2024
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Interação entre pessoas e pets eleva a autoestima. Entenda!

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A interação com cães proporciona sensação de bem-estar, foco e felicidade. É o que diz uma pesquisa realizada pela Universidade Konkuk, na Coreia do Sul. Isso porque hormônios como ocitocina, serotonina e dopamina são liberados durante as atividades cotidianas, aumentando a satisfação dos cuidadores.

Foram 30 pessoas adultas com idade média de 28 anos que participaram de oito atividades com um cachorro durante três minutos. Ações como alimentar, massagear, abraçar, higienizar e caminhar comprovaram que o convívio com cachorros traz um efeito anti estressante aos humanos, já que o nível de cortisol ficou reduzido em todas as atividades realizadas.

“A relação com animal é algo terapêutico porque você começa a se preocupar com outro ser. Toda relação que nos causa bem-estar nós produzimos dopamina, ocitocina e endorfina. Por isso é comprovado cientificamente que há uma diminuição da produção do hormônio cortisol, responsável pelo estresse e um aumento de hormônios do bem-estar”, explica a neuropsicóloga Joelma Martins.

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A elevação desse tipo de hormônio é o que garante o aumento da autoestima dos cuidadores, recurso ligado ao valor pessoal em relação ao outro, nesse caso, os pets. “Quando começamos a cuidar do animal é que percebemos o quanto faz bem. O cachorro é aquele que quando você chega faz festa, sempre está do teu lado, é companheiro e é tudo isso que melhora a tua relação com o outro e fortalece a autoestima”, esclarece a psicóloga clínica.

O vínculo entre humanos e animais ainda é capaz de criar uma rotina de cuidados responsável por beneficiar a qualidade de vida de ambas as partes. “Ter animal te faz praticar a mobilidade com caminhadas, brincadeiras e levar para passear. O animal faz com que pratique atividade física porque vai ter que movimentar o corpo. Muitas pessoas começam fazendo caminhadas, vai fazendo bem e isso muda o hábito de fazer atividades físicas que produzem hormônios que melhoram o humor e a disposição”, afirma Joelma Martins.

De acordo com a psicóloga clínica, a presença de um cão em casa traz sensações de pertencimento, aumenta o sistema imunológico e alimenta a necessidade inerente de cuidado.

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“A responsabilidade com o pet nos traz o compromisso de cuidar do outro, mas principalmente manter a mente ativa. Ajuda em uma melhor qualidade de vida, reduz doenças físicas, mas também auxilia na questão da ansiedade e da depressão. Para cuidar do animal você precisa ter criatividade e disposição e tudo isso estimula a criar novos vínculos”, conclui.

TUTORES

Foi grande a diferença na vida de Tereza Caleja, 51, após a adoção das três cadelas: Politita, Lolita e Mena. Resgatadas após abandono, as pets precisavam de suporte e cuidados especiais, que encontraram na casa da psicóloga. Atualmente, a atenção dada às cachorras é a válvula de escape para as adversidades do dia a dia.

“Elas são minhas filhas caninas. Quando chego do trabalho, me jogo no chão para brincar com elas. É sempre uma alegria, eu me desestresso, elas dão a renovação da minha energia. A minha mãe não andava muito bem e quem cuida dela são as cachorras. Quando a Lolita chegou, não deixava minha mãe quieta e ela foi melhorando por causa disso. É um amor, um cuidado, quando a gente não está bem elas já sabem, pedem carinho, fazem gracinha pra gente rir e tudo melhora”, diz Tereza.

A convivência com os cinco gatos foi o que auxiliou no equilíbrio mental de Mercedes Sandoval, 70



, durante a pandemia. Foi nesse período que ela perdeu o marido e se sentiu muito sozinha. A companhia dos bichos foi o conforto no momento de luto e a força para que ela mantivesse a cabeça ocupada com os cuidados diários.



“Hoje eu sinto paz e equilíbrio. Na pandemia, os bichinhos foram quem me sustentaram, eu tinha eles para me confortar. Quem não tem animais, que fica só num momento desse pode entrar em depressão. São eles que me fazem companhia até hoje, eles me dão muito amor, são como se fossem meus filhos ou netos”, contou a contadora.

Os pets de Elias Monte, 42 anos, também o ajudaram no tratamento contra a depressão. Isso porque os passeios com os dois cachorros se tornaram frequentes e se transformaram no hábito de praticar exercícios físicos, atividade que libera endorfina e alivia o estado de profunda tristeza.

“Não é o humano que escolhe o pet. É o pet que escolhe o humano. Os bichinhos melhoram nossa autoestima, sem dúvidas. Eu trabalhava à noite e tinha uma vida muito sedentária. Quando ganhei a Lelé, passeava toda manhã na praça e comecei a fazer exercício. Eu considero como filhos, por isso que eu tenho muito cuidado. Pra ter noção, os dois dormem na cama comigo”, relata o DJ.

COMPANHEIRO

Há oito meses é o Tobi quem faz a alegria da família de Tiago Saraiva, 39 anos. Adotado na Praça da República, em Belém, o cachorro é o companheiro fiel que aguarda a chegada do tutor todos os dias na porta de casa.

“Ele é o primeiro que me recebe quando chego em casa. Pode fazer sol ou chuva, na alegria ou na tristeza, ele sempre me espera balançando o rabo. Essa alegria dele contagia. Dá muito trabalho, mas me dá muita felicidade também. É igual criança, cuido com tudo do bom e do melhor”, afirma o motorista administrativo.

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