Ao longo de sua trajetória centenária, o Clube do Remo teve poucos capítulos escritos por treinadores estrangeiros. São apenas cinco nomes em toda a história, o que torna ainda mais simbólica a chegada do português Antônio Oliveira, o quinto da lista e primeiro europeu a comandar a equipe azulina.
O pioneiro foi Júlio Véliz. O uruguaio assumiu o clube entre os anos de 1956 e 1957, função que ocupou depois de ter sido goleiro também pelo Mais Querido, onde atuou no lendário Torneio de Caracas.
O segundo foi François Thijm, goleiro do Leão nos anos 1960 e 70, nascido no Suriname. Em 1972, assumiu o comando técnico do time no Campeonato Brasileiro. Anos depois, em 2007, retornou ao Baenão para atuar como supervisor técnico.
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O terceiro nome foi o uruguaio Juan Álvarez, com passagem discreta pelo clube, que ficou famoso por comandar também o arquirrival. Já o quarto e mais recente, foi o paraguaio Gustavo Morínigo, que dirigiu a equipe no ano passado, em uma passagem mediana.
Foram 16 partidas à frente do Mais Querido, com sete vitórias registradas, além de cinco empates e quatro derrotas, mas sem a regularidade esperada no desempenho coletivo, com eliminação na Copa Verde, perda do título estadual e fraca campanha na Série C do ano passado.
Agora, o clube vive uma nova expectativa com a chegada de Antônio Oliveira. Português, com passagem em vários clubes do futebol brasileiro, ele se torna o primeiro europeu a integrar a história técnica do Remo.
Para o torcedor Orlando Ruffeil, considerado o “historiador do Leão Azul”, esse é um momento marcante e que abre um precedente interessante. “O Remo só teve quatro treinadores estrangeiros no que eu me recordo (cinco contando com António Oliveira). Europeu mesmo só o António, porque os demais eram da região. A vinda pode direcionar o nosso time para um novo mercado e que só tem a acrescentar. É um bom nome e vamos aguardar pelo melhor”, disse.