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sábado, abril 19, 2025
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Belém e a COP30: obras e ações garantem legado para além do evento mundial

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Belém do Pará vive um momento histórico de transformação. Há poucos meses do início da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), a capital paraense experimenta o maior volume de investimentos públicos entre as mais de 5.600 cidades brasileiras.

São obras que não apenas preparam a cidade para o grande evento climático em novembro de 2025, mas que também prometem deixar um legado permanente para a população.

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“Obras que estão transformando a paisagem da nossa capital”, afirma o governador Helder Barbalho, que destaca a importância desses avanços não apenas para o evento, mas para a população local.

Entre o que será entregue para a população, vale destacar o Parque da Cidade, que será entregue já em agosto, além de locais como Porto Futuro, os novos parques lineares da Doca e da Tamandaré e serviços de macrodrenagem em toda a cidade.

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“O sucesso destas obras não é o sucesso de um governo, é o sucesso de um estado com a certeza de que nós poderemos dizer ao mundo que Belém é a capital da Amazônia”, celebra ele.

Parque da Cidade: novo coração verde de Belém

Em uma área de 500 mil m² onde antes funcionava um aeroporto desativado, o Parque da Cidade será o principal local da COP 30. Com 75% das obras já concluídas, o projeto será finalizado em agosto deste ano e representa um marco na requalificação urbana da capital paraense.

O espaço integrará infraestrutura moderna e soluções sustentáveis, com locais de destaque como o Museu da Aviação, um Centro de Economia Criativa, o Boulevard Gastronômico, além de ciclo trilhas e áreas verdes preservadas.


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O compromisso com a sustentabilidade está presente em toda a concepção do projeto, com o plantio de aproximadamente 2.500 árvores nativas, sistemas de tratamento de água com jardins filtrantes e soluções de drenagem natural.

Mesmo após o término da COP 30, o Parque da Cidade seguirá como um parque público permanente, consolidando-se como um espaço de convivência, educação ambiental e integração entre cidade e floresta.

Belém de frente para o rio: revitalização portuária e mobilidade fluvial

Com 76% das obras concluídas, o Porto Futuro II representa um importante passo na renovação da zona portuária de Belém. O projeto amplia a relação da cidade com seus rios por criar espaços voltados ao turismo, à cultura e ao lazer, com áreas de convivência, calçadão arborizado e iluminação cênica.


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A mobilidade fluvial também é prioridade nos preparativos para a COP 30. Três novos terminais hidroviários seguem em construção: o Terminal Hidroviário Turístico da Tamandaré, que facilitará o acesso à famosa Ilha do Combu; o Terminal Hidroviário Turístico de Icoaraci, destinado ao atendimento de passageiros do distrito e alternativa de ancoragem para navios-hotéis; e o Terminal Hidroviário Internacional no bairro do Reduto, que servirá como ponto de recepção para os navios-hotel durante o evento e, posteriormente, como estrutura permanente para o turismo.

Saneamento e infraestrutura urbana

Os investimentos em infraestrutura não se limitam às obras visíveis. Projetos de macrodrenagem são implementados em 16 canais das bacias do Tucunduba, Murucutu, Una e Tamandaré.

O programa prevê a instalação de 55 km de redes de esgotamento sanitário e mais de 10 mil ramais domiciliares, o que beneficia diretamente comunidades que vivem nas margens desses cursos d’água.


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“Mais de 16 canais na periferia estão recebendo macro-drenagem, tirando a população da lama do inverno. É o maior programa de macro-drenagem que Belém já assistiu”, enfatiza o governador Helder Barbalho, que também destaca a pavimentação de mais de 600 ruas na periferia da cidade.

Capacitação profissional: o legado humano

Para além das obras físicas, o governo paraense investe no preparo da população para aproveitar as oportunidades geradas pelo evento. O programa “Capacita COP 30”, lançado no primeiro semestre de 2024, oferece 67 cursos gratuitos nas áreas de turismo, produção alimentícia, infraestrutura e segurança do trabalho, nas modalidades EAD e presencial.

“O Pará passa por um processo de preparação para a COP 30, e este processo também envolve as pessoas. Nossa preocupação sempre foi envolver a população do nosso estado neste grande evento e deixar um legado para o povo paraense”, destaca a vice-governadora Hana Ghassan.

Até o momento, cerca de 14 mil pessoas já participaram de cursos de qualificação promovidos pelo programa, com 4.500 estudantes já certificados pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Sectet), além daqueles formados por entidades parceiras como Coca-Cola, Instituto Federal do Pará e Sesi.

Biodiversidade e cultura: valorizando as riquezas amazônicas

A preparação para a COP 30, pela própria natureza do evento, também contempla iniciativas que destacam o potencial científico e cultural da região. O Museu das Amazônias será um espaço voltado à valorização da diversidade biocultural amazônica, por integrar ciência, história, arte e saberes tradicionais.

Já o Parque de Inovação em Bioeconomia da Amazônia funcionará como um polo de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e incubação de negócios sustentáveis. O espaço conectará comunidades, universidades e empresas em iniciativas voltadas à valorização dos ativos da floresta e ao fortalecimento da nova economia verde.

Preparação para o futuro

Mais do que preparar a cidade para um evento internacional, as intervenções urbanas em curso representam uma oportunidade histórica de transformação para Belém e para todo o estado do Pará.


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“Pelo programa ‘Capacita COP 30’ asseguramos a construção de um legado imaterial, que eleva a mão de obra do estado a um novo patamar, permitindo o desenvolvimento de novas atividades econômicas ligadas ao setor de serviço que irão proporcionar alternativas de emprego e renda para a população mesmo após a COP 30”, finaliza a vice-governadora Hana Ghassan.

A poucos meses do evento que colocará o Pará no centro das discussões climáticas mundiais, a mensagem é clara: os benefícios da COP 30 devem perdurar muito além de 2025 e constroem uma Amazônia mais sustentável, desenvolvida e integrada ao restante do Brasil e do mundo.

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