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sábado, outubro 5, 2024
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Gerson Nogueira: o segredo para controlar o Re-Pa

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Mesmo na era da informação abundante, do conhecimento acessível a todos, o futebol guarda lá seus caprichos e armadilhas, sendo que raramente premia times mentalmente fracos. As grandes decisões consagram os fortes de espírito, capazes de resistir a situações desfavoráveis e de superar adversidades que se impõem ao longo de 90 minutos.É claro que estou me referindo a times que têm a mesma envergadura e se igualam em poderio técnico. Nesse aspecto, leva a melhor quem for mais capacitado a reagir a desafios que surgem inesperadamente. Nesse sentido, acostumar-se a uma situação nova – como a expulsão de jogadores do próprio time ou do adversário – requer preparo e condicionamento.Nos últimos dias, os exemplos foram até didáticos, em meio a essa emocionante sequência de clássicos válidos por duas competições. Foi possível ver como as equipes se comportam quando sofrem duas expulsões e também quando se beneficiam disso.Conteúdo relacionado:Paysandu e os “ingredientes” para encarar a final do ParazãoVeja a previsão do tempo para a final entre Paysandu e RemoParazão: TJD não valida vitória do Paysandu no Re-PaUm PSC obstinado e organizado soube aproveitar a vantagem numérica no Re-Pa que abriu a decisão do Parazão, domingo passado. Diante de um Remo sem dois jogadores no 2º tempo, o time bicolor se impôs e conseguiu ampliar a vantagem no placar, chegando ao segundo gol.Pela Copa Verde, na quarta-feira, foi a vez de o Remo desfrutar da mesma vantagem por cerca de 10 minutos. Atarantado, perdeu-se perdeu em movimentos erráticos, sem conseguir executar nem mesmo o primitivo recurso de avançar e sufocar o adversário. Tenso e inseguro, aceitou ser atacado e quase sofreu um gol no minuto final.A rigor, não havia diferença entre os dois cenários. O único diferencial foi a capacidade de ser frio e objetivo na busca do resultado, demonstrada pelos bicolores. Essa condição plena só é possível atingir com muito treino, que torna as reações automáticas. Era como se o time esperasse por aquele momento, daí responder normalmente a ele.Quer mais notícias de esportes? acesse o nosso canal no WhatsAppJá os remistas não sabiam o que fazer, a não ser trocar passes sem objetivo. Não surgiu ninguém – em campo ou ali ao lado – para organizar as coisas, dar sentido às ações e indicar o caminho a ser seguido. Diante disso, a confusão se estabeleceu em passes errados. Aos poucos, a vantagem desapareceu, virou fumaça.Está provado que o futebol não depende apenas do físico. Há espaço também para a elaboração mental. Não só no planejamento tático, mas na preparação dos atletas. Reações rápidas constituem a essência do jogo, qualquer jogo, mas devem ser estudadas e planejadas para que se tornem benéficas para o time, seja no ataque ou na defesa.O paciente leitor deve ter observado que a coluna mergulhou em teorias, talvez até excessivamente. A questão é que o comportamento dos times é algo fascinante e decisivo demais para merecer tão pouca atenção de técnicos e preparadores. Anos atrás, Johan Cruyff escreveu a respeito da natureza anímica do futebol, tema mais sério (e atual) do que se pensa.Desfalques podem fazer a diferença na finalQuando os times entrarem em campo, hoje, às 17h, quatro jogadores titulares estarão ausentes: Lucas Maia e Leandro Vilela, pelo PSC; e Paulinho Curuá e Nathan, pelo Remo. Os substitutos talvez não executem as mesmas tarefas, o que pode mexer bastante na estrutura e no desenvolvimento de jogo dos times.No Papão, Leandro Vilela é o volante com maior capacidade de passe e construção de jogadas. É normalmente quem ajuda o meia Robinho no processo de transição e de abertura de espaços no campo adversário. O zagueiro Lucas Maia – que ainda é dúvida – deve ser substituído por Carlão, sem maiores problemas.Do lado azulino, a ausência de Paulinho Curuá enfraquece a linha de marcação e combate à frente da zaga. O substituto natural é Henrique Vigia, que não tem atuado bem nas partidas recentes. A lateral esquerda deve ter Raimar no lugar de Nathan. É uma troca automática.Dono de um conjunto mais afinado, o PSC conta com a vantagem de dois gols para ser campeão. O Remo, com baixa produtividade no ataque, precisa ser bastante ofensivo. Nos três clássicos disputados, só marcou uma vez. Hoje terá que marcar pelo menos dois gols, sem sofrer nenhum.O provável trio ofensivo, com Kelvin, Ribamar e Sillas, tem boa movimentação, mas peca pelo excesso de erros na definição das jogadas. Ytalo, que entra no decorrer das partidas, é mais certeiro, mas não tem a desenvoltura e a capacidade de briga que Ribamar entrega.Gustavo Morínigo vive esse dilema, que só será esclarecido uma hora antes do clássico decisivo. Marco Antônio, Kanu e Echaporã são alternativas para robustecer e tornar mais rápido o ataque. A conferir.Bola na TorreO programa começa às 22h, na RBATV, com apresentação de Guilherme Guerreiro e participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Cobertura ampla da festa do título paraense da temporada, com entrevistas e análises da grande decisão. A edição é de Lourdes Cezar.

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