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domingo, março 16, 2025
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Palmeiras x Corinthians: premiação supera nacionais da América do Sul

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Corinthians e Palmeiras começam a definir neste domingo (16), às 18h30, no Allianz Parque, o campeão paulista de 2025. Além do valor histórico, o vencedor vai embolsar R$ 5 milhões de premiação, a maior entre todos os estaduais do país, além de ser superior ao que é pago pela maioria das ligas nacionais da América do Sul.

Record, CazéTV, UOL Play, TNT, Nosso Futebol, Zapping, MAX, R7 e PlayPlus transmitem o Dérbi. Somente os campeões do Equador, do Uruguai e, claro, do Brasil recebem cifras mais elevadas. E aqui a disparidade do futebol brasileiro em relação aos seus vizinhos começa a ficar evidente.

Campeão brasileiro em 2024, 29 anos depois de seu último título nacional, o Botafogo recebeu R$ 48,1 milhões pela conquista do certame de pontos corridos. O valor é quase sete vezes maior do que o embolsado pela LDU, campeã equatoriana na última temporada. O clube de Quito recebeu US$ 1,2 milhão (R$ 6,9 milhões) por seu 13º troféu nacional.

Palmeiras e Corinthians disputam neste domingo (16) o primeiro jogo da final do Paulista. Terceira liga com maior prêmio no continente, o Campeonato Uruguaio destinou US$ 750 mil (R$ 5,8 milhões) ao Peñarol, que adicionou a 52ª taça à sua galeria.

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Nenhum outro campeão nacional da América Sul teve uma premiação superior a R$ 5 milhões em 2024. A Argentina, por exemplo, teve a menor recompensa da região, com apenas US$ 500 mil (R$ 2,9 milhões) pagos ao Vélez Sarsfield por seu 11º título argentino, valor inferior à Série B do Campeonato Brasileiro, que rendeu R$ 3,5 milhões ao Santos pelo acesso com a primeira posição no ano passado.

A disparidade crescente nos últimos anos levou a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) a criar, em 2022, um plano para fortalecer as competições locais de suas dez associações. Cada membro recebe anualmente US$ 1 milhão (R$ 5,8 milhões) para distribuir como prêmios.

Cada país poderia escolher entre duas opções para dividir o valor -integralmente para o campeão ou com uma porcentagem também destinada ao vice.

Mesmo sem reduzir a diferença para o Brasil, que também teve direito ao dinheiro, o montante distribuído pela Conmebol ajudou a reforçar os prêmios dos países vizinhos -em alguns casos até a dobrar o que vinha sendo pago até então.

Isso, no entanto, não tem sido suficiente para equilibrar as disputas na principal competição do continente, a Copa Libertadores. Desde 2017, apenas uma vez o campeão não foi um clube brasileiro. Isso ocorreu em 2018, quando o River Plate venceu o Boca Juniors na final.

Além de vencer sete das últimas oito edições, o Brasil teve 11 finalistas no total, com quatro edições sendo definidas apenas por equipes do país.

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A recente hegemonia ajudou os brasileiros a encostarem na Argentina no ranking dos maiores campeões do torneio, com 24 troféus, um a menos do que os rivais.

O poder financeiro das equipes é apontado como um dos principais responsáveis pelo sucesso das equipes brasileiras.

Mesmo sem conquistar o troféu, disputar a Libertadores é muito mais rentável para os vizinhos sul-americanos do que a premiação de suas ligas domésticas.

Com duas vitórias na fase de grupos, um clube ganha mais do que o atual campeão argentino. Cada um dos triunfos garantem US$ 300 mil, equivalentes a R$ 3,4 milhões.

A Conmebol consegue oferecer esses valores graças aos seus contratos de patrocínio e, sobretudo, venda de direitos de transmissões.

Nesse segundo aspecto, o Campeonato Paulista também se destaca. Além de sua premiação final ser maior do que a maioria das ligas da América do Sul, apenas pela participação no torneio, os quatro maiores clubes do estado, Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos, embolsaram cada um R$ 44 milhões. Boa parte do valor vem das cotas de televisão.

Dessa forma, o campeão de 2025 vai embolsar ao todo R$ 49 milhões, o que faz o estadual ser a quinta competição do continente com maior premiação, considerando todos os níveis -estadual, nacional e continental.

Apenas a Libertadores (R$ 221,9 milhões), a Copa do Brasil (R$ 99,3 milhões), a Copa Sul-Americana (R$ 58,8 milhões) e o Campeonato Brasileiro (R$ 48,1 milhões) rendem mais do que o valor a ser embolsado por Corinthians ou Palmeiras ao final do Campeonato Paulista.

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