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domingo, fevereiro 23, 2025
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Benefícios da bicicleta como transporte em Belém

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Seja para praticar esportes, lazer ou simplesmente se locomover pela cidade, a utilização da bicicleta em Belém está em alta, por ser um meio de transporte ecologicamente correto, mais barato e, além de tudo, ainda contribuir para a saúde.

Pedro Santos, um manobrista de 50 anos, adotou a bicicleta como forma de transporte há alguns anos. Todos os dias, ele pedala da Cidade Nova 8, onde mora, até seu emprego na Pedreira. Ele conta que optou por essa mudança de hábito ao perceber que estava ganhando peso devido ao longo tempo que passava sentado no trabalho. Desde então, incorporou a prática em sua rotina e não pretende abandoná-la. “Notei que estava engordando bastante por causa do tempo que ficava dirigindo. A bicicleta tem sido uma grande aliada para eu manter a forma. Dessa maneira, me exercito e cuido um pouquinho da minha saúde. Pedalar de casa até aqui me faz sentir muito bem”, relata.

Segundo ele, apesar do aumento no número de ciclovias e ciclofaixas, o desrespeito nas ruas ainda persiste. “A cidade pertence a todos, o espaço é público, mas ainda há uma falta de respeito ou incompreensão por parte dos motoristas em relação à bicicleta como meio de transporte”, observa Pedro Santos.

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Mais do que apenas uma alternativa de mobilidade urbana, quem opta pela bicicleta como meio de transporte frequentemente adota também um novo estilo de vida, que traz benefícios para a sociedade, a saúde e o meio ambiente. Essa escolha tem se tornado cada vez mais popular entre aqueles que buscam escapar do congestionamento, especialmente nas grandes cidades. Sheila Gonçalves, de 48 anos, que trabalha como empregada doméstica, constatou que o percurso entre sua casa e o trabalho é muito mais ágil de bicicleta do que de ônibus. “Enquanto eu levava mais de meia hora no ônibus, agora gasto cerca de 10 minutos”, comenta.

“Trata-se de um meio de transporte mais sustentável e econômico, pois não utiliza combustível. Além disso, permite escapar do congestionamento e poupa a pessoa do tempo que seria gasto buscando uma corrida em aplicativos. Também é importante destacar que o custo de manutenção é significativamente inferior ao dos veículos motorizados”, afirma Sheila.



Ciente dos benefícios que a prática de exercícios físicos traz à saúde, Ednaldo Almeida, 60, começou a usar a bicicleta como atividade esportiva após atingir a maioridade. Já aposentado e bem humorado, ele enfatiza que sempre se dedicou a atividades físicas e se esforça para manter uma alimentação saudável, buscando uma velhice plena. “O ciclismo proporciona vantagens não só para o corpo, mas também para o bem-estar geral. Desde que iniciei na bicicleta, minha qualidade de vida melhorou significativamente”, comenta Ednaldo.

Os custos reduzidos de transporte público e particular tornaram a bicicleta uma fonte de renda para muitos. No entanto, a rotina desses indivíduos é bastante desafiadora. Devido à escassez de vias adequadas e ao desrespeito por parte dos motoristas, ciclistas se encontram em uma situação vulnerável e enfrentam diversos obstáculos em seu dia a dia. Henri Sousa, um entregador de 45 anos, explica que a bicicleta é crucial para sua remuneração. “Quando há ciclovia, tudo é mais ágil. Com a bicicleta, consigo garantir minha renda mensal”, relata.

Entretanto, essa trajetória nem sempre é simples. Henri aponta a falta de espaço e a escassez de respeito no trânsito como grandes problemas. “Infelizmente, muitos motoristas não respeitam as ciclovias e ciclofaixas, invadindo a preferência dos ciclistas. A atenção precisa ser redobrada”, finaliza ele.

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INFLUÊNCIA

O autônomo Edgar Tenorio, 62, compartilha como o ciclismo transformou sua vida, proporcionando amor, saúde e uma melhor qualidade de vida após uma cirurgia no joelho realizada há três décadas. “Fiz a cirurgia no joelho há 30 anos atrás, e a recomendação do médico foi para que eu começasse a pedalar. Nunca imaginei que fosse me apaixonar por esse esporte. Hoje, estou aqui com o joelho saudável e pedalando”, relatou ele. Edgar afirma que não desgruda da bicicleta por nada. “Faço tudo de bicicleta; uso tanto para resolver as minhas tarefas do dia a dia quanto para me exercitar. Essa mudança de hábitos teve um impacto positivo na minha vida; sinto-me mais confiante, cheio de disposição e energia para viver”, enfatizou.



Roberto Moreno, lavador de carros de 39 anos, compartilha que a situação financeira o influenciou bastante, mas sua decisão também foi motivada pelo desejo de tornar seu tempo mais produtivo. “Sempre tive o desejo de ter uma bicicleta bem equipada, e realizei esse sonho no meu primeiro emprego. É extremamente prático, consigo resolver todos os meus problemas pedalando. Porém, após o nascimento do meu filho, precisei optar por um modelo mais simples”, revelou.

De acordo com Roberto, ao abandonar o carro, ele se sentiu mais enérgico e motivado no trabalho, percebeu melhorias na saúde física e mental e ainda conseguiu diminuir o tempo de deslocamento para o trabalho. Todos os dias, ele pedala de Marituba a Belém, totalizando 44 km entre ida e volta. Embora utilize outros meios de transporte, como o ônibus, ele afirma que “sempre que há a chance”, prefere a bicicleta. “Eu realmente aprecio pedalar; é benéfico para o corpo e uma maneira de me exercitar. Diariamente, saio de Marituba e pedalo até o bairro do Castanheira, em Belém, percorrendo uma boa distância.”

O advogado José Luiz Pontes, 62, comentou que a transição de carro para a bicicleta pode ser desafiadora, mas uma vez que se adapta, a sensação é de que “viver sem automóvel é mais fácil do que aparenta”. “Não tenho mais carro em casa, prefiro a praticidade da bicicleta. Utilizo-a para diversas finalidades, sempre arranjo uma justificativa para pedalar. Resido no Reduto, mas vou até o Telégrafo comprar pão de bicicleta pela manhã. Hoje, por exemplo, estou indo a uma consulta aqui no Marco e cheguei pedalando. Não perco mais tempo lidando com o estresse do trânsito. Contudo, sempre pedalo com bastante cuidado, pois, infelizmente, o desrespeito por parte dos motoristas em relação aos ciclistas ainda é significativo”, relata.

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