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terça-feira, fevereiro 4, 2025
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Fragilidade defensiva preocupa e Paysandu busca equilíbrio

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No futebol, o termo “calcanhar de Aquiles” é frequentemente utilizado para descrever a principal vulnerabilidade de uma equipe ou jogador, podendo comprometer diretamente o desempenho dentro de campo.

A origem da expressão remete à mitologia grega, onde Aquiles, um guerreiro quase invulnerável, foi derrotado ao ser atingido justamente em seu ponto fraco.

No contexto esportivo, essas fraquezas podem estar relacionadas a uma defesa desorganizada, a um sistema tático mal ajustado ou à ausência de um atleta capaz de desequilibrar as partidas.

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No caso do Paysandu, essa fragilidade vem se manifestando, principalmente, no setor defensivo. O técnico Márcio Fernandes precisa, com urgência, ajustar a estrutura da equipe para evitar que o problema se agrave ao longo da temporada.

Durante a Série B de 2024, o treinador disputou 13 partidas e sofreu 14 gols, uma média de 1,07 gol por jogo. Apesar disso, conseguiu um bom aproveitamento, sendo fundamental para evitar o rebaixamento.

Já em 2025, no Campeonato Paraense, o cenário se mostra ainda mais preocupante. Em apenas quatro rodadas, o Papão já sofreu seis gols, elevando a média para 1,5 por partida.



O início da temporada envolve naturalmente ajustes e evolução, mas a instabilidade defensiva tem acendido o sinal de alerta na Curuzu. O esquema estratégico traçado por Márcio Fernandes, com quatro atacantes – sendo três responsáveis ​​por auxiliar na criação e na recomposição – ainda não se encaixou, comprometendo o equilíbrio da equipe.

A derrota para o Santa Rosa, no último domingo (2), expôs ainda mais as dificuldades defensivas do Paysandu. Até então, apenas Quintana e Luan Freitas vinham sendo usados ​​como zagueiros, com a base completando o elenco. Como resposta imediata, o clube anunciou a contratação do zagueiro Joaquín Novillo, na tentativa de dar mais solidez ao sistema defensivo.

Além da instabilidade defensiva, o Papão tem encontrado dificuldades na criação, apesar da expressiva média de 2,75 gols por jogo no Parazão. Contra o Macaco-Prego, por exemplo, Giovanni, uma das principais referências técnicas do elenco, precisou atuar como segundo volante.



Outro ponto que reforça a necessidade de ajustes é o nível técnico do Campeonato Paraense. Embora os gramados sofram com influência do inverno amazônico, o Paysandu, que tem um investimento muito superior aos demais clubes, não pode apresentar tantas dificuldades diante de adversários que possuem estruturas e elencos bem mais modestos.

O estadual deve servir como um laboratório para a equipe se preparar para a Série B, mas chegar à competição nacional sem uma base sólida pode comprometer todo o planejamento da temporada.

As cobranças de torcida são naturais, e, ainda que pareçam precipitadas, têm fundamento. O ritmo de trabalho de Márcio Fernandes ainda é curto, mas a necessidade de evolução é urgente.

A comissão precisa encontrar rapidamente o equilíbrio entre ataque e defesa, garantindo que o Paysandu inicie a Série B com uma equipe ajustada, necessitando apenas de reforços pontuais.

Mesmo com os problemas, o Paysandu segue tranquilo na classificação do Parazão 2025, ocupando a vice-liderança com 9 pontos. Na quinta rodada do Campeonato Paraense, o Paysandu viaja para Bragança, onde irá encarar o Bragantino, no Diogão. A bola vai rolar às 15h30 do próximo domingo (9). 

Antes disso, o Papão estreia rumo ao pentacampeonato da Copa Verde. A equipe bicolor entra em campo na próxima quarta-feira (5), às 20h, para encarar o Porto Velho-RO, em jogo na Curuzu, em Belém. Os ingressos já estão à venda: arquibancada, R$ 50, e cadeira, R$ 200.

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