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domingo, fevereiro 2, 2025
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COP 30 em Belém é uma ‘realidade’, diz presidente do Comitê estadual

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Agência Pará – Faltam pouco mais de 10 meses para a realização da Conferência Climática da ONU, a COP 30, em Belém. A capital paraense foi escolhida para ser a primeira cidade brasileira a sediar o mais importante debate sobre o futuro do planeta, e nos últimos dois anos vem se preparando para receber líderes de mais de 190 países através de uma série de obras estruturantes que, além de possibilitar a realização do evento, também deixarão um legado que beneficiará o povo do Pará pelas próximas décadas.

“Para nós a COP já começou”, disse a vice-governadora e presidente do Comitê estadual da COP 30, Hana Ghassan. “Desde o momento em que Belém foi confirmada como sede do evento, o estado do Pará atua em preparação para a COP 30. Estamos desenvolvendo cerca de 30 obras que, além de possibilitar que Belém receba os participantes, deixarão um legado para o nosso estado. Todos os trabalhos seguem em ritmo acelerado, e são acompanhados de perto por um escritório de projetos especializado em grandes eventos que assegura que as obras sigam rigorosamente no cronograma previsto, tanto que fomos elogiados por sermos a sede que entregou o projeto da COP com a maior antecedência até hoje. Temos certeza que poderemos sediar uma das melhores conferências já realizadas pela ONU. A COP 30 em Belém é uma realidade”, destaca Hana.

Os trabalhos de preparação para a COP 30 são feitos em parceria com os governos federal, municipal e a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), que já havia visitado a capital paraense em 2023 e agora, em 2025, retornou com uma comitiva em Belém que acompanha o andamento dos trabalhos em três frentes : construção da sede do evento, hospedagem e as medidas de saúde e segurança previstas para a COP 30.

“Sabemos que a COP é um desafio político e logístico para todas as cidades do mundo que a acolhem, afinal é a maior conferência das Nações Unidas com mais de 50 mil pessoas, e também por ser muito longa – são duas semanas de negociação. Esta complexidade é um desafio, e a missão que executamos esta semana não foi a primeira, estivemos aqui em outubro de 2023 e pudemos fazer uma comparação. Temos muito progresso que foi feito desde 2023, e ficamos muito impressionados”, conta Noura Hamladji, secretária Executiva adjunta da UNFCCC.

Investimentos em alta

O investimento total para transformar Belém na capital da “COP da Floresta” chega a R$ 4 bilhões – verba que é proveniente do tesouro do estado, de um acordo com Itaipu Binacional e de financiamentos junto ao BNDES.

“Essa parceria com o Governo do Pará começa lá ainda em 2023. A gente tem feito uma série de investimentos na cidade, não só para a COP, mas para deixar um legado para a população. Então são intervenções em toda a cidade, em equipamentos culturais, em equipamentos de infraestrutura, em equipamentos de saneamento que vão deixar um legado para a população da cidade de Belém”, disse o engenheiro Pedro Iootty, assessor da Diretoria Socioambiental do BNDES, que fez parte de uma equipe do banco que visitou Belém na última semana para acomoanhar o andamento das obras.

 A COP da floresta

A realização da COP 30 em Belém será uma oportunidade para os habitantes da Amazônia assumirem a posição de protagonistas no debate climático mundial, além de permitir que os participantes da conferência tenham uma experiência imersiva da floresta tropical que contribui para a regulação climática do planeta – que é o tema central da COP.

Um dos maiores entusiastas para a realização da COP da Floresta é o presidente Lula, que acredita que a COP realizada em Belém vai repetir o sucesso de outros importantes fóruns realizados no nosso país, como o G20 Social e a ECO 92.

“Vamos fazer [a COP 30] no coração da Amazônia, onde ninguém acreditava que fosse possível fazer, onde todo mundo dizia que não havia infraestrutura, onde ficavam preocupados sobre onde vão dormir as pessoas. Elas vão dormir onde tiverem que dormir. Eu posso dizer que ninguém vai ficar acordado por falta de um lugar para dormir. A gente quer fazer a COP no coração da Amazônia”, reforçou o presidente.

Sobre a questão da hospedagem, o secretário extraordinário para a COP 30 do Governo Federal, Valter Correa, deixa claro que não há motivo para preocupação, já que a estimativa da organização é que, em seu dia de pico, a COP receba 28 mil visitantes – e a capital paraense está sendo preparada para receber mais de 50 mil pessoas.

“Nós temos já quase 200 milhões de reais cedidos para a rede hoteleira de toda a região, temos novos hotéis que estão sendo construídos em áreas que foram concedidas pelo Governo Federal e pelo Governo do Estado, temos a Vila COP 30 que teve a ordem de serviço para construção dada pelo governador e que depois ficará para o Estado como legado, servindo como centro administrativo; temos a contratação das obras no Porto de Outeiro para trazer dois navios transatlânticos de cruzeiro que devem somar entre 4 e 5 mil leitos, temos aluguel por temporada, áreas militares, escolas que estão sendo reformadas… nós estamos com uma tranquilidade de que a gente vamos ter leitos para vários públicos diferentes”, disse.

As medidas ressaltadas pelo secretário ratifica que Belém vai poder atender ao público esperado, se transformando na capital do debate climático mundial no próximo mês de novembro, e também transformando a vida das pessoas que desejarem participar deste encontro e conhecer um pouco da realidade amazônica – algo que, segundo os representantes da ONU, é uma experiência inigualável. “Ver e ter essa experiência da Amazônia, da hospitalidade, do povo, é uma experiência humana de cultura e história”, conclui Noura Hamladji.

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