Dezenas de fiéis participaram do Sermão das Sete Palavras, uma das celebrações mais simbólicas da Sexta-feira Santa (29), em Belém. A cerimônia foi realizada na capela do Colégio Santo Antônio, no bairro da Campina.
A cada edição do sermão um pregador diferente escolhido pelo Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa e, para este ano, o convidado foi Dom Paulo Andreolli, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém. A edição 145° contou com a participação do Coral Santa Cecília.
A cerimônia não inclui os ritos da missa tradicional e faz parte do tríduo pascal, uma espécie de preparação para a Páscoa, quando se celebra a ressurreição de Cristo. Durante o sermão, foram lembradas as últimas palavras ditas por Jesus Cristo, quando suspenso no madeiro da Cruz, em suas “Três Horas da Agonia”.
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A reflexão levada pelo bispo auxiliar de Belém, Dom Paulo Andreolli, foi acompanhada por dezenas de fiéis. “Estamos num dia muito importante durante a Semana Santa, a Sexta-feira Santa. Toda a cidade para, o mundo inteiro para, para participar das horas mais difíceis de Jesus. Ao meio-dia, até às três da tarde, quando Jesus se entregou por nós. É o momento no qual a Igreja tem que se reunir para aprofundar este mistério e vivenciá-lo de novo. A gente hoje, no Sermão das Sete Palavras, a gente tentou destacar o fato que cada um de nós é responsável por fazer a diferença neste mundo. Tem o Cristo que grita, mas tem os seres humanos que podem dar uma resposta. E a força de Deus, a força do Espírito Santo, que através das pessoas, das pastorais, pode resgatar esta humanidade, fazer com que todo mundo possa glorificar a Deus, sentir a presença dele”, pontuou.
SENHOR MORTO
No final da celebração, por volta das 15h, uma imagem representativa do Senhor Morto ficou exposta por alguns minutos no altar da capela para que os fiéis pudessem chegar perto.
Para alguns cristãos católicos, a sexta-feira santa é também um momento de peregrinação pelas igrejas centenárias de Belém. É o caso da gerente de administrativo, Rivania Duarte.
Rivania descreveu que esse momento é um compromisso com Cristo, uma participação espiritual com ele em meio a toda essa dor. “Geralmente eu e minha mãe participamos da peregrinação nas sete igrejas. A gente percorre as sete igrejas de Belém e finaliza aqui pra escutar o sermão das sete palavras. Esse é um momento de muita reflexão, de muita oração, momento de perdão, de fé e renovação. A gente já faz esse percurso há cerca de 10 anos”, conta.
“Já a nossa páscoa é em família, almoço, também para agradecer, também para transmitir a nossa fé. Através do almoço da Páscoa, através da união, que é um momento de união também”, acrescenta.
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Já a pedagoga Aline Góes, diz que esse é um momento muito importante dentro da quaresma. “Dentro da quaresma esse momento é muito importante, tanto de fé como de devoção. É um momento que a gente tem para agradecer por tudo que Jesus Cristo passou por nós, morrendo por nossos pecados. Nesse caso, a peregrinação pelas igrejas é um momento de muita reflexão. Eu sempre faço um roteiro das igrejas, um preparatório para cada estação que ele fez que é a via sacra. Em cada igreja eu vou rezando e fazendo o percurso da via sacra. Eu e minha irmã já fazemos esse percurso há cerca de 5 anos, algo que é de irmã para irmã”, disse.