No cenário do futebol, as escolhas estratégicas de clubes, treinadores e diretores têm um impacto direto sobre o futuro de jogadores, muitas vezes com reviravoltas que desafiam previsões. Em muitos casos, a confiança depositada em jovens talentos pode ser tanto uma aposta quanto um risco, refletindo as constantes mudanças no elenco, as movimentações no mercado e os planos de longo prazo. Mesmo quando um clube decide dar uma nova chance a um atleta, as circunstâncias podem mudar rapidamente, e a competição interna por vagas se torna ainda mais intensa.
No caso do São Paulo, uma escolha que parecia definitiva foi revertida. O clube, em 2023, havia decidido não renovar o contrato de Matheus Belém, jogador que havia sido considerado a sexta opção para o setor defensivo. Contudo, com as saídas de nomes importantes e a possibilidade de desfalques durante a temporada, o Tricolor voltou atrás e optou por ampliar o vínculo com o zagueiro, ainda assim sem proporcionar a ele chances de jogo.
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Nos últimos dias de 2023, a diretoria tricolor tomou a decisão de não renovar o contrato do defensor de 21 anos, alegando questões técnicas. Belém figurava como a sexta opção para a zaga, atrás de nomes como Beraldo, Arboleda, Diego Costa, Alan Franco e Ferraresi. A ideia era que ele seguisse seu desenvolvimento fora dos planos imediatos da equipe. No entanto, a venda de Beraldo e as possíveis convocações de Arboleda e Ferraresi para a Copa América fizeram com que o clube repensasse sua decisão.
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MATHEUS BELÉM AINDA AGUARDA OPORTUNIDADE
Diante do receio de ficar com apenas dois zagueiros para a temporada, o São Paulo reabriu negociações com Belém, estendendo seu contrato até 2026. No entanto, desde então, o jogador não teve mais a oportunidade de atuar. Embora tenha sido promovido da base no ano anterior e tenha feito sua estreia no profissional com boas atuações, o defensor nunca mais entrou em campo. Seu desempenho no passado, que o levou a ser eleito melhor em campo em sua estreia, parecia promissor, mas a chegada de novos reforços e as opções internas acabaram limitando sua participação.
Matheus Belém, que se destacava pelo seu pé canhoto, tinha potencial para atuar como opção no lado esquerdo da zaga. No entanto, o São Paulo contratou Sabino para essa função, deixando o jovem defensor de fora. Apesar de seguir treinando regularmente no CT da Barra Funda, Belém não foi sequer utilizado em partidas oficiais. A disputa pela posição ficou ainda mais acirrada com a ascensão de outros jovens, como Igão, de apenas 17 anos, que ganhou a confiança do técnico Zubeldía e passou a ser considerado a preferência para o setor defensivo.