O curta-metragem “Mururé” narra a história de uma jovem não binária que cresceu na na ilha do Combu, em Belém do Pará. A personagem, que vive conflitos familiares, tem um encontro inesperado com a Amazônia que muda totalmente o rumo de sua vida.
Através de uma história ficcional, o filme traz para o foco das discussões a não binariedade paraense em cima de símbolos e imaginários importantes na cultura da Amazônia: a cobra grande (boiuna), os rios e florestas e as próprias flor de Mururé.
A direção do filme e a preparação do elenco é de Gabriela Luz – Travesti, Indígena de Mairi. O roteiro e atuação principal de Mururé é da artista paraense Lírio do Pará, formada no curso técnico em ator pela Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (ETDUFPA).
“Mururé é muito importante para mim, acho que para outras pessoas trans também, porque está num lugar de restituição, de retomada, de memória, de uma ancestralidade, de um pertencimento com esse território e com esse imaginário também. Trazemos o nosso ponto de vista sobre essa história que pra muitos é uma lenda urbana, mas que pra nós é uma encantaria, a boiuna. E o nosso ponto de vista sobre isso, pra lembrar que a natureza também é nossa ancestral”, diz a diretora cinematográfica e preparadora de elenco do filme.
SERVIÇO: Curta “Mururé”
- Data: 02 de dezembro (segunda-feira)
- Horário: 18h
- Local: Cine Líbero Luxardo
- Endereço: Av. Gentil Bitencourt, 650 – Nazaré