Seis anos após um crime que abalou o cenário político brasileiro, o Ministério da Justiça está próximo de uma resolução. A delação premiada de um personagem importante neste quebra-cabeça será decisivo para saber o que ocorreu em março de 2018. Nesta terça-feira (19), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, confirmou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a delação premiada de Ronnie Lessa, no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro.CONTEÚDOS RELACIONADOS: 6 anos após assassinato, instituto mantém legado de MarielleCaso Marielle terá “resposta final” no 1º trimestre de 2024Lewandowski ressaltou a importância dos elementos trazidos pela colaboração premiada, expressando confiança na resolução do caso em breve. A delação foi homologada após o caso ser encaminhado ao STF devido ao suposto envolvimento de uma autoridade com foro privilegiado.O ministro da Justiça relatou que foi informado oficialmente por Alexandre de Moraes sobre a homologação da delação de Ronnie Lessa, destacando que o processo passou por uma audiência com o juiz auxiliar.Quer mais notícias do Brasil? Acesse nosso canal no WhatsAppMarielle Franco, então vereadora pelo PSol, foi assassinada após participar de um evento público no Rio de Janeiro. O crime, tratado como execução, vitimou também o motorista Anderson Pedro Gomes.Até o momento, estão presos os ex-policiais militares Élcio Queiroz e Ronnie Lessa, além do ex-sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, e Edilson Barbosa dos Santos, proprietário de um ferro-velho no Morro da Pedreira.Investigações da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro revelaram, um ano após o crime, que Ronnie Lessa seria o autor dos disparos. Ele está detido desde 2019.O caso estava no Superior Tribunal de Justiça (STJ) após menções a Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio de Janeiro, na investigação conduzida por Élcio Queiroz.Conclusão das Investigacões do Caso Marielle FrancoEm uma entrevista à CBN no início de janeiro, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, expressou “convicção” de que as investigações sobre o assassinato de Marielle Franco serão concluídas até o fim de março.Andrei Rodrigues enfatizou a importância de avançar em uma investigação que já dura cinco anos e expressou confiança de que a Polícia Federal dará uma resposta final ao caso neste primeiro trimestre.O ministro Ricardo Lewandowski também comentou em entrevista ao Globo na semana passada que espera anunciar em breve o desfecho do caso, que completou seis anos desde o ocorrido.”Estamos avançando nas investigações. O inquérito é sigiloso, mas esperamos em breve anunciar o desfecho e encontrar os responsáveis”, destacou o ministro da Justiça e Segurança Pública.