No Festival Psica, em Belém, Manoel Cordeiro apresenta as múltiplas vertentes da música regional em seu show de estreia do manifesto “MPB feita na Amazônia”. No domingo, 15 de dezembro, o guitarrista, compositor e produtor cultural subirá ao palco Güera, no Mangueirão, às 18h, com o propósito que vai além música. O show será a vitrine inicial no Pará de um manifesto que busca o patamar internacional para a música da Amazônia.
Brega, lambada, guitarrada e pop tropical estarão entre o repertório que simboliza a força e a diversidade sonora da Amazônia, com sucessos autorais como “Volare”, gravado pela banda Warilou, e “Fim de Festa”, parceria instrumental com Felipe.
O show terá as participações especiais de Felipe Cordeiro, Nelsinho Rodrigues e Aninha Odalisca e vai trazer homenagens a Toni Brasil, inventor do tecnobrega, e ao guitarrista Evandro Barata, seu parceiro musical de muitos anos. “Vamos trwzer uma grande banda, com metais e backing-vocals, totalizando dez músicos, nos moldes das grandes bandas que já montei em Belém, como a Warilou”, descreve.
A nova apresentação é parte da nova fase do artista intitulada “Manoel Cordeiro 7.0”, que celebra a cultura amazônica enquanto lança as bases para um movimento de valorização da arte da região como alicerce de identidade, sustentabilidade e desenvolvimento. Aproveitando a oportunidade histórica de Belém sediar a COP 30, em 2025, Manoel pretende usar sua visibilidade e legado para engajar artistas e políticos em discussões sobre o potencial cultural da Amazônia. O manifesto destaca a arte como catalisadora de emprego, renda e autoestima, reforçando a importância de inserir a cultura amazônica no contexto global.
“Cabe, na perspectiva da música amazônica, tomar consciência das várias vertentes, como o beiradão, do Amazonas, a roraimeira, de Roraima, o batuque e o marabaixo, do Amapá, o carimbó e a guitarrada, do Pará… Estamos falando de entender coletivamente as nossas raízes culturais. A nossa música é a mais potente do planeta”, descreve Manoel.
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Nascido na Ilha de Marajó, Manoel carrega nas suas produções a essência da floresta, com mais de 1.200 trabalhos assinados, que atravessaram gerações e deram voz à música popular brasileira da região.
Para Manoel, o Festival Psica é mais do que uma celebração; é o ponto de partida para que a música e a cultura amazônica sejam reconhecidas como símbolos de identidade e sustentabilidade. “Quero que o mundo conheça nossa música e nossa cultura, que são fundamentais para a Amazônia e para o Brasil. Esta é uma chance única de amplificar nossa voz e mostrar como arte e preservação podem caminhar juntas,” declara o artista.
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Manoel Cordeiro transforma sua participação no Psica em um ato político-cultural, preparando o terreno para ações que culminarão na COP30. A música, nesse contexto, torna-se mais do que entretenimento: é um instrumento de mudança, inclusão e valorização da Amazônia perante o mundo.